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Como se livrar de um vampiro apaixonado, de Beth Fantaskey

>> terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A primeira vez que li o nome de Beth Fantaskey, pensei: "Meu Deus, isso é um pseudônimo, com certeza". E não fui a única. Minha irmã logo me perguntou a mesma coisa. Mas, adivinha? Não é um pseudônimo, pelo menos, até onde sei. Beth Fantaskey é, realmente, o nome da autora de Como se livrar de um vampiro apaixonado, lançado em 2010 pela editora Sextante. 


Livro: Como se livrar de um vampiro apaixonado
Título Original: Jessica's Guide to Dating on the Dark Side
Editora: Sextante
Páginas: 297
Nota: 3.5 sushis


Como se livrar de um vampiro apaixonado, o primeiro livro de Fantaskey, narra a história de Jessica Packwood, que só queria ser uma garota normal da Pensilvânia. Em seu último ano no colégio, Jessica esperava se formar, ir para a faculdade e namorar o tranquilo e lindo Jake.
Obviamente, pelo título, sabemos que não é isso que acontece. Em vez do último ano perfeito que desejava, Jessica é presenteada com o novo aluno da escola, o misterioso Lucius Vladescu, que ela logo descobre ser alguém ligado ao seu passado. Lucius surge quase como um perseguidor, com suas roupas de alfaiataria e seu sobretudo de veludo preto e com a notícia de que está ali em busca de sua prometida, sua noiva, Antanasia Dragomir, vulgo Jessica Packwood.
Jessica é adotada, sendo, na verdade, uma princesa vampira, a última de seu clã, os Dragomir. Seus pais adotivos, americanos e pesquisadores, trabalhavam na Romênia quando receberam o pedido dos pais biológicos para cuidar da garota, levando-a para a segurança dos Estados Unidos, frente a ameaça de uma "chacina" de vampiros pelos aldeões. Ameaça que se cumpriu mais tarde, vale dizer.
Pouco antes, contudo, Antanasia Dragomir, ainda bebê, fora prometida em casamento a Lucius Vladescu, príncipe do clã Vladescu, com o objetivo de selar a paz entre os dois mais poderosos clãs de vampiros. E agora, com Antanasia prestes a completar 18 anos, Lucius estava em território americano, para que o pacto se cumprisse.

Como se livrar de um vampiro apaixonado começou me irritando. Já o tinha em minha lista há algum tempo, antes de ser publicado no Brasil. Seu título original, em minha singela opinião, não consegue ser tão ridículo quanto sua versão brasileira, o qual ainda faz parecer um livro para tweens, não um YA book. Acompanhado de uma capa esquisita, admito que fiquei com vergonha de  lê-lo em público. Adoro quando as capas originais são mantidas, bem como seus títulos, a exemplo de Fallen.  Estamos diante de um caso que eu não me oporia, nem por um segundo, à troca da capa. Primeiro, a garota da foto é feia. Jessica é lesadinha e renega seus cachos, mas dá para concluir que ela é linda. Lucius fica encantado com sua beleza, e mesmo Jake, uma pessoa normal, namora com Jessica por um tempo, de modo que o projeto de Helena Bonham Carter na capa não é muito lógico. Segundo, as presas do suposto Lucius são tristes, dando ao livro uma imagem humorística que não tenho certeza de que era a principal intenção da autora.
Ora, mas porque a vergonha em público? Porque não gosto de livros "Como" se o objetivo deles não é realmente me mostrar como fazer qualquer coisa. Quando li Como ser popular, de Meg Cabot (a diva, a rainha Meg Cabot), tive de escutar de várias pessoas a mesma pergunta: "Você está tentando se tornar popular?" ou, na melhor das hipóteses, "Isso é um livro de auto-ajuda?". E claro que não era. Assim, evitei ler Como se livrar de um vampiro apaixonado na frente de qualquer pessoa que não tivesse paciência o suficiente para ler a sinopse.
Outro ponto negativo é o nome da personagem. Não Jessica Packwood, mas Antanasia Dragomir. Quanto ao sobrenome, será que preciso mesmo mencionar? Lissa Dragomir não é algo muito fácil de esquecer. Muitos autores não lêem outros livros de seu gênero para não se influenciar, é verdade, mas precisava viver numa bolha? Apesar de Beth Fantaskey ter escrito seu livro entre 2006 e 2007, ele só fui publicado nos EUA em 2009. Não custava pesquisar um pouco, já que logo ela encontraria uma das séries de vampiros mais famosas que existem, cujo primeiro livro foi publicado praticamente enquanto ela ainda escrevia. O sobrenome, por si só, não seria tão irritante se fosse o sobrenome de Lucius, por exemplo, ou de qualquer outro clã. Entretanto, é o sobrenome de uma princesa vampira, a última representante de seu clã. Algo soa familiar? Esse detalhe que poderia ter sido resolvido com uma única pesquisa no Google me desestabilizou tanto, que passei 70% da leitura só passando os olhos no nome da protagonista. E qual foi o resultado disso? Também passei 70% da leitura acreditando que ela se chamava Anastacia. E, quando finalmente percebi que era Antanasia, foi chocante demais para mim. E todas as vezes que encontrava Antanasia, eu pensava em Andalasia, de Encantada. Sabe? Se não sabe, prefira continuar assim.

Mesmo com a irritação inicial, todavia, passei boa parte da primeira metade do livro rindo. Não sei se tinha como não rir. Ou, talvez, tenha sim, já que eu li vários comentários aleatórios sobre como o Lucius era lindo, fofo e apaixonante. Eu não me apaixonei por ele. Não como tantos outros personagens, pelo menos. Aqueles personagens que são construídos só para que pobres leitoras se apaixonem por eles. Eis o porque: Lucius é insano. Não de verdade, claro. Mas as coisas que ele diz são insanas! Não foram poucas as vezes em que me peguei rindo e dizendo a mim mesma: "Meu Deus, que livro sem noção". E, para ser sincera, o próprio nome do Lucius me dá um pouco de vontade de rir. Será que sou a única que acha Lucius Vladescu completamente caricato?

" - Isto declara que você, Antanasia Dragomir, é prometida em casamento a mim, Lucius Vladescu, logo depois de chegar à maioridade, aos 18 anos, e que todas as testemunhas concordam com esse acordo. E depois do casamento nossos clãs estarão unidos e em paz. - Ele se inclinou para trás. - Como eu disse, é bastante simples. E veja só: a assinatura de seu pai adotivo. E da sua mãe.
Não pude resistir a espiar quando ele disse isso. E, de fato, as assinaturas de mamãe e papai estavam no documento, entre dezenas de nomes romenos estranhos.
Traidores.
Empurrando o pergaminho, cruzei os braços e fuzilei meus pais com o olhar.
- Como vocês puderam me prometer feito... feito uma vaca premiada?
- Não "prometemos" você, Jessica - disse mamãe. - Na época, você não era nossa filha. Só estávamos lá para testemunhar um ritual único, no interesse da minha pesquisa. Isso aconteceu semanas antes do expurgo, semanas antes de adotarmos você. Não sabíamos o que o futuro nos reservava.
- Além disso, ninguém promete vacas - zombou Lucius. - Quem prometeria isso? Você é uma princesa vampira. Seu destino não lhe pertence totalmente.
Princesa... Ele está crente mesmo que eu sou uma princesa vampira... A sensação estranha, quase prazerosa, do momento em que ele roçou meu rosto foi esquecida quando a realidade me acertou de novo. Lucius Vladescu era um lunático." (página 32)

Apesar dos problemas supracitados, gostei mesmo do ritmo de escrita de Beth Fantaskey. Os capítulos não são grandes demais, nem curtos demais, mas adequados às necessidades da história. Não há um modelo formatado, o qual, embora ajude muitas vezes, também empobrece a narrativa em alguns casos.
Na segunda metade do livro, quando ocorre a "transformação" do Lucius e novos segredos são revelados, os risos de antes não eram tão comuns, nem fáceis de serem arrancados. É quando somos apresentados a outra face da personalidade do príncipe vampiro e quando toda adrenalina começa, já que os vilõezinhos começam a agir. É também o momento de ficar com raiva do romeno, que cede ao que as garotas como Jessica - e eu! - tanto querem que os garotos não cedam. A loira metida, claro.
E é aqui que a autora salva sua história, explicitando os momentos de romance que tanto amamos ver. E é assim que ela nos ganha totalmente e me faz pular outras resenhas para vir aqui escrever logo após ter terminado o livro. Recomendo, e recomendo muito. No mínimo, você vai dar umas boas risadas. Ou porque está achando engraçado ou porque está achando ridículo. Talvez ainda, como eu, porque está achando ridículo e engraçado.

Nota: I'm not a 3, not yet a 4. ;p


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A Canção do Súcubo, de Richelle Mead

>> sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Richelle Mead dispensa apresentações. A moça ruiva, natural de Michigan, é responsável por uma das melhores séries de fantasia dos últimos anos - Vampire Academy.
Sua série Georgina Kincaid, que conta a história do belo súcubo homônimo, teve seu livro de estréia lançado pela editora Essência em 2010.

Livro: A Canção do Súcubo
Autora: Richelle Mead
Editora: Essência
Páginas: 298
Nota: 5/5 sushis


Neste livro, Mead nos apresenta Georgina Kincaid, um súcubo. Georgie é  um tipo de demônio capaz de mudar de forma e que seduz homens para deles conseguir sua força vital. 
Georgina trabalha numa livraria durante o dia, ao passo que à noite, precisa prestar contas ao seu chefe, o arquidemônio da região, Jerome. Sua história não seria tão interessante se a autora não optasse pelo clichê infalível: o ser do mal que não gosta de ser mal. Para ser completo, a protagonista tem sincera afeição por aqueles que compõem sua "família": Jerome, o duende Hugh, os vampiros Peter e Cody, e o misterioso anjo, Carter. 
Quando o escritor favorito de Georgie, o lindo e introvertido Seth Mortensen, vem à livraria para uma sessão de autógrafos, ela precisa lidar com fantasmas de seu passado que a assustam no presente. Em meio à tudo, Georgina ainda encontra tempo para bancar a investigadora das mortes de seres antes considerados imortais, as quais ela parece estar misteriosamente ligada. 

Quando vi A Canção do Súcubo numa livraria pela primeira vez, fiquei assustada, de verdade. Além do nome muito sombrio e pouco esclarecedor, a capa é sinistra. A arte é linda e muito bem feita, o que não implica dizer, necessariamente, que a capa não seja sinistra. Não sou dessas que julga um livro pela capa, mas não estava ansiosa para lê-lo, isso eu preciso dizer. É um livro de Richelle Mead, entretanto, pensava eu. Como alguém que pode ter sido tão perfeita ao criar os ainda mais perfeitos Dimka e Adrian Ivashkov, além de uma das protagonistas mais fortes que já conheci (Rose), seria capaz de escrever um livro ruim?
Eu respondo: Não seria! E ela não me decepcionou. 
Georgina é uma protagonista tão forte e intensa do que Rose, talvez mais. A narrativa é ágil, bem trabalhada e Mead flui como ninguém, apesar de ser excelente com descrições - o que, admito, eu adoro. Os personagens são tão marcantes a ponto de parecerem velhos conhecidos e proporcionarem boas risadas. Seus interesses românticos não deixam em nada a desejar aos de VA. Exceto que... bom., Dimka é Dimka, e  ninguém ganha daquele sotaque russo. Mas Seth chega perto, muito perto. Diferentemente da maioria dos 'heróis', que precisam salvar sua amada humana de 17 anos num colégio irritante (meu Deus, quantos livros eu li esse ano com essa mesma base de história?), Seth é quem precisa ser salvo. De sua timidez, de seus medos, fraquezas e inseguranças. E o misterioso e sensual Roman... que talvez não seja um erro. Talvez ele e Georgina estejam destinados a ficarem realmente juntos, em meio à toda aquela tensão sexual. 
A Canção do Súcubo passou de aquele livro que eu deixaria numa das últimas posições da minha fila de próximas leituras para um dos meus livros preferidos. É envolvente, apaixonante, sexy, bem escrito e DEScrito... Os interesses românticos são perfeitos e a heroína é o que você sempre quis ser. Esquecendo que ela é um súcubo, claro. Ou talvez, você queira ser um súcubo, o que já não seria da minha conta. 
Ainda assim, eis um livro que merece uma chance. Uma grande chance. E falo isso inclusive para minhas companheiras de blog, que, aparentemente, estão com o mesmo preconceito que tive ao vê-lo pela primeira vez. Numa escala muito maior, mas, ainda assim, o mesmo preconceito. 
E eu realmente penso que não poderia ter feito melhor escolha para minha estréia com as resenhas. ;)


Nota: Excelente!

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Aceita sushi?

Sushi, livros e boa conversa. Para quê melhor?

Resenhas e novidades do mundo literário, além de promoções regadas à muito shoyu. 

Enjoy! :)

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Sobre o Blog

Criado no dia 24 de janeiro de 2011, efetivado num futuro não muito distante.

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